Sinopse retirada do Filmow:
Uma inédita e inexplicável epidemia de cegueira atinge uma cidade. Chamada de "cegueira branca", já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa, a doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo Estado começam a falhar as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne Moore), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.
Assistindo o filme sentimos tudo, agonia, repulsa,indignação,ternura, esperança. É um daqueles filmes que nos fazem pensar até que ponto somos civilizados, que linha tênue é essa que nos separa dos animais. E que será que todo o caos gerado pela tal cegueira branca é algo mesmo distante da realidade? O quão frágil é a nossa civilização?
A medida que a tal cegueira branca vai se alastrando as cenas ganham um predomínio da cor branca, um branco estourado e por vezes incômodo que casa perfeitamente com a sensação angustiante que o filme quer passar. No mesmo modo que quando as coisas pioram na Instituição no qual estão confinados o predomínio deixa de ser o branco e passa a ser o preto, o marrom, o cinza...cores escuras e frias!
No final da película a cor volta a surgir ainda que timidamente, tudo feito para criar a atmosfera perfeita pra quem assiste!
O filme traça debates importantes sobre democracia, racismo, machismo...e a solidão! Tudo isso de uma maneira muito ousada e original. Fiquei realmente orgulhosíssima de saber que um filme, vejam só,dirigido por um brasileiro numa co-produção canadense, japonesa e brasileira, foi tão bem feito, tão original!
É também um filme metafórico onde a cidade do paciente zero não é identificada, sabe-se somente que é uma grande metropóle(o filme teve cenas rodadas em cidades de países diversos, incluindo São Paulo), as pessoas não tem nome,são chamados pelas suas características : o doutor, a mulher cega de óculos escuros, e por assim vai, exatamente como no livro(não, eu não li o livro mas pesquisei sobre)!
Ah não podia deixar de citar que o filme é do diretor brasileiro\o/ Fernando Meirelles e é um dos raros casos onde a adaptação de um livro é tão boa quanto o próprio ( segundo a crítica)!
Não deixem de:
*Notar a maravilhosa música brasileira que toca ao fundo no piano quando o grupo anda pela cidade
*Reparar na cena na qual o homem fala com o rapaz da farmácia que o Rei da Ala 3(Gael Garcia) só podia ser negro, por achar na sua visão preconceituosa que só negros fariam algo de ruim...
*Ver a cena no Youtube do Saramago todo emocionado ao assistir o filme junto com o Fernado Meirelles!
*E por último, se vocês ficaram tão interessados quanto eu e quiserem saber curiosidades sobre como o filme foi feito, visitem esse blog onde o próprio Fernando Meirelles escrevia. Os textos são muito bons, li todos enquanto preparava esse post!
Um xeru pra vocês e espero que gostem das minhas resenhas,seria isso uma resenha? Enfim...
2 comentários:
É muito bom mesmo o filme! ótima recomendação! melhor ainda é assistir depois de ler o livro, que é simplesmente maravilhoso...
Obrigado pela visita e aproveitando... gostaria tambem de convidá-la a participar de meu blog! Seria um prazer recebe-la!
marcelokeiser.blogspot.com.br
Bjus
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